Saiba controlar os gastos no cartão de crédito e não exceder o limite

Saiba controlar os gastos no cartão de crédito e não exceder o limite

Muitas vezes visto como vilão, o cartão de crédito pode salvar uma família em momentos de aperto. Veja como não estourar a fatura.

Estourar o limite da fatura é um medo muito comum na rotina dos brasileiros. O cartão de crédito com limite alto, por exemplo, é extremamente útil, mas nas horas certas. Para isso, não pode ser usado como um complemento do salário. Então, o que fazer para utilizá-lo de maneira saudável, sem comprometer o orçamento mensal?

O cartão de crédito é uma salvação em diversos momentos da rotina, mas precisa ser bem utilizado. Veja algumas dicas para usá-lo com sabedoria:

Faça um planejamento financeiro

Um grande problema entre quem costuma estourar o limite do cartão é não saber viver com a renda mensal. Esse erro ocorre porque a pessoa não sabe o quanto recebe. Assim, acaba gastando mais do que poderia. Assim, quando chega no final do mês, precisa usar o cartão de crédito — e, muitas vezes, o limite já estourou.

O ideal é fazer um planejamento financeiro. Para isso, some todas as receitas (tudo o que recebe por mês), todas as despesas e subtraia uma da outra. Agora, é possível ver se os gastos estão superando a renda. Para manter o planejamento, utilize uma planilha para anotar todos esses gastos mensais. Ela vai ajudar a visualizar as despesas com mais clareza, além de evitar o atraso no pagamento de contas.

Cartão não é extensão do salário

É um hábito bem comum extrapolar nas compras pensando que, se o dinheiro acabar, há o cartão. Porém, isso é um problema: assim como o cheque especial, o crédito não é uma quantia de dinheiro a mais, e sim a postergação de uma conta. No início do mês seguinte, será necessário pagá-la — e, se o consumidor não tiver cuidado, o valor será altíssimo.

O cartão de crédito não é um vilão. Ao contrário: ele é muito útil para solicitar diferentes serviços que não podem ser pagos em dinheiro, adquirir itens de alto valor e, principalmente, socorrer em momentos de aperto. Portanto, o ideal é reservá-lo justamente para essas situações específicas.

Opte por pagar em dinheiro

Quando se paga com crédito ou débito, não se vê o dinheiro saindo. Isso, aliás, estimula o hábito de não olhar a conta com frequência, pois a pessoa fica com receio de ver o quanto realmente gastou.

Compras pequenas ou cotidianas devem ser pagas com dinheiro vivo. Além de estimular o indivíduo a economizar, ajuda a manter um teto de gastos diário. Por fim, muitos locais dão desconto para quem paga em cash, pois não há cobrança de taxas pela máquina de cartão. No fim das contas, o consumidor e o comércio só têm a ganhar.

Use o cartão quando tiver dinheiro

Como dito, o cartão deve ser usado em situações que não possam ser pagas com dinheiro. Para transporte particular ou delivery, é muito mais seguro para o motorista e entregador que o pagamento seja feito por crédito ou débito. Serviços de streaming e contas no geral também podem ser pagas assim — é muito mais prático e rápido.

Na hora de fazer o orçamento, essas contas devem ser colocadas como despesas fixas ou variáveis. Elas devem constar no orçamento como um gasto específico. Assim, é possível saber com detalhes o quanto se gasta com o cartão.

Outra ideia é pagar o serviço no débito assim que o crédito for usado. Isso evita sustos no fechamento da fatura, deixa o crédito sempre positivo e permite que os gastos sempre fiquem dentro do orçamento estipulado.

Tenha um teto de gastos

Há muitos “ralos” de dinheiro na rotina. Mas cortá-los pode não ser a melhor solução. Muitos desses gastos deixam o dia-a-dia mais leve: um serviço de streaming bem utilizado, o transporte particular em dias de atraso, um delivery para comemorar uma data especial. Então, em vez de eliminar a despesa, o mais inteligente é dispor de um limite para cada tipo de gasto.

Uma regra muito utilizada por quem tem uma vida financeira saudável é a do 50-30-20:

  • 50% da renda para contas essenciais (que podem incluir até serviços considerados pouco importantes, mas que farão muita falta na rotina do indivíduo);
  • 30% para serviços não essenciais;
  • 20% para reserva de emergência e investimentos.

Para quem tem o hábito de pedir delivery, estipular um valor X é a solução para não gastar demais com isso. O mesmo pode ser feito com os demais serviços pagos com cartão. O ideal é incluí-los nos serviços essenciais ou não essenciais, dependendo da utilidade na rotina.