Quais as mudanças mais comuns no corpo das mulheres durante a TPM

Quais as mudanças mais comuns no corpo das mulheres durante a TPM?

Alterações hormonais podem provocar reações como cólicas, tonturas e irritação. Conheça outros sintomas comuns e saiba como amenizá-los.

O período menstrual e os dias que o antecedem provocam mudanças no corpo, compondo um processo natural e saudável. O ciclo menstrual é regido por variações hormonais, responsáveis por completar as etapas necessárias para a reprodução. A fase que antecede a menstruação é famosa pelas mudanças que causa, recebendo o nome de TPM (sigla para “Tensão Pré-Menstrual”).

A quantidade e a intensidade dos sintomas de TPM e da menstruação variam de corpo para corpo e podem mudar conforme a idade. Há diferentes formas de passar por eles: repousar e dormir bem, ter uma dieta balanceada, apostar em produtos menstruais confortáveis, como uma calcinha tecnológica absorvente, e praticar exercícios físicos.

Para entender as mudanças e saber como lidar com elas, é fundamental ter atenção ao próprio corpo e compreender como funciona o ciclo reprodutivo. Saiba por que esses sintomas aparecem, conheça os principais e descubra como amenizá-los.

Por que essas alterações acontecem?

Entender a origem das mudanças durante a TPM é o primeiro passo não só para lidar bem com o período, mas também para saber como amenizá-las. Elas nada mais são que consequências do ciclo menstrual, processo natural que ocorre em pessoas de sexo feminino para possibilitar a gravidez.

O ciclo menstrual tem duração média de 28 dias, podendo variar para mais ou para menos. Ele começa sempre no primeiro dia da menstruação, que é quando o corpo começa a se preparar para a possível fecundação e desenvolvimento de um bebê.

Durante os primeiros 14 ou 16 dias do ciclo, o corpo libera o sangue acumulado pelo ciclo menstrual anterior e aumenta os níveis de estrogênio, o hormônio responsável por controlar o bem-estar e possibilitar a fecundação, estimulando o crescimento do endométrio (tecido uterino).

Ao fim dessa fase, com o local preparado para receber um espermatozoide e gerar a fecundação, o corpo libera um óvulo. A etapa é conhecida como ovulação e compõe o período fértil. Inicia-se, então, a segunda metade do ciclo.

Nesse estágio, o corpo se prepara para o desenvolvimento de um bebê. Os níveis de estrogênio caem, dando lugar à progesterona, hormônio que prepara o útero para a gravidez e ajuda a mantê-la caso haja a fecundação.

Caso o óvulo seja fertilizado por um espermatozoide, a gestação se concretiza e a menstruação não acontece. Porém, se não o for, o corpo reduz o estrogênio e a progesterona, se preparando para descamar e eliminar o endométrio engrossado anteriormente, no processo que chamamos de menstruação.

Entendendo todas as mudanças que o ciclo menstrual causa no corpo, fica mais fácil entender as razões que levam a TPM a provocar tantos sintomas. A preparação para receber um bebê é intensa, causando picos e quedas drásticas de hormônios todos os meses.

Principais mudanças durante o período

As alterações pré-menstruais podem ser divididas entre sintomas físicos e emocionais ou psicológicos. A existência de um tipo de alteração no corpo não exclui a possibilidade do outro; na verdade, é comum que ambos aconteçam simultaneamente durante a TPM.

Entre as principais alterações físicas estão cólicas, dor e inchaço nos seios, tonturas, alteração no apetite, insônia, dores no corpo, fadiga, constipação, palpitações e até desmaios.

Já os sintomas psicológicos incluem oscilações de humor, irritação, melancolia, alta sensibilidade emocional, agitação, esquecimento, confusão, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão.

Como amenizar os sintomas

Para alívio instantâneo de sintomas físicos, a recomendação médica costuma ser de repouso, ingestão de água, uso de compressas em locais doloridos ou, eventualmente, uso de analgésicos para cólicas menstruais ou dores de cabeça.

Já a prevenção dos sintomas pode ser feita de duas formas: pela via não farmacológica e pela farmacológica. A escolha do tratamento depende de fatores como intensidade e frequência dos sintomas e deve considerar o estado de saúde como um todo.

Alternativas não farmacológicas incluem mudanças no estilo de vida, como ter uma alimentação saudável e uma boa rotina de sono, praticar atividades físicas, reduzir o estresse, reduzir ou zerar o consumo de álcool e outras bebidas estimulantes, como café e energéticos, e evitar cigarros.

Já a via farmacológica é caracterizada pela administração de pílulas anticoncepcionais, receitadas como forma de equilibrar os hormônios durante o ciclo. Embora não haja exigência de prescrição médica, é importante consultar um ginecologista antes de começar o tratamento com a pílula para evitar problemas futuros, como trombose e alterações de humor.