Existe restrição para o marketing digital médico

Existe restrição para o marketing digital médico?

É inegável o quanto a internet facilita a vida de todos nós quando nos oferece um mundo de informações a apenas um clique. Na área da saúde, ao pesquisar sobre uma especialidade, aparecem milhares de nomes de profissionais. A questão é: como se destacar diante de tantos? Conquistar novos pacientes e, além disso, mantê-los fiéis a sua clínica, é um desafio a ser vencido diariamente. Mas saiba que existem ferramentas de marketing digital médico que podem ajudá-lo. 

O marketing médico consiste em um conjunto de estratégias que têm como finalidade principal promover sua clínica no meio digital. Para isso, é possível utilizar recursos como redes sociais, sites, blogs, criação de e-books, webinars e outros. Porém, para que uma publicidade médica seja veiculada, existem algumas obrigatoriedades a serem seguidas, de acordo com a Resolução CFM N° 1.974/2011, do Conselho Federal de Medicina. 

Saiba quais são os limites do marketing digital médico

O uso de fotos de pacientes em material promocional é proibido, mesmo que o paciente autorize, principalmente aquelas que têm o intuito de mostrar os resultados pós-procedimento. Isso pode ser visto como uma propaganda enganosa, pois os resultados variam de paciente para paciente. Selfies também devem ser evitadas.

É importante também se atentar ao conteúdo dos posts, evitando o uso de um tom sensacionalista e nem insinuar que os resultados do tratamento são garantidos. É proibida também o uso de forma abusiva, enganosa ou sedutora de representações visuais que possam induzir a promessas de resultados.

Para a divulgação de procedimentos, é preciso fazer uso de ética, preservando, sempre, o decoro da profissão, evitando a autopromoção tampouco ocorrer a adulteração de dados estatísticos visando o benefício próprio ou então da instituição que representa, oferecendo transparência em seu trabalho.

A participação em anúncios e propagandas também é proibida, assim como a divulgação de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, e pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos.

Outro ponto de atenção é sobre a divulgação de preços dos procedimentos prestados, tanto por um médico ou clínica. No marketing digital médico, é proibida a divulgação de preços, assim como formas de pagamento e parcelamento.

Também não é permitido oferecer descontos como forma de diferencial do consultório. Preços e descontos não podem ser usados como forma de convencer o paciente e tampouco como forma de concorrência desleal.

Dentre outras resoluções impostas pelo Conselho Federal de Medicina, destacam-se também:

  • A divulgação de informações não comprovadas, como novos tratamentos ou descobertas que não sejam comprovadas e reconhecidas cientificamente são expressamente proibidas;
  • Nenhuma peça de marketing médico pode trazer expressões como “o melhor”, “o mais eficiente”, “o único capacitado”, “resultado garantido” ou similares.

O descumprimento das normas da publicidade médica pode resultar em processos éticos e levar à condenação por violação do código de ética, podendo variar de advertências à cassação, conforme previsto na lei 3.268/57.

Agências especializadas em marketing digital médico podem contribuir e auxiliar os médicos a pensar nas melhores estratégias, adotando-as de maneira segura e em conformidade com as regras e normas determinadas pelo CFM.